Um método novo para fortalecer o “recaatingamento” e a agroecologia no Semiárido
No contexto das mudanças climáticas que exige a redução das emissões de carbono e o reflorestamento, o biocarvão, ou biochar, ganha cada vez mais importância. O biocarvão, ou biochar, é uma alternativa ambientalmente sustentável ao carvão vegetal tradicional, cujo modo de produção esta ligado a práticas irregulares de desmatamento e fornos rudimentares que liberam significativa quantidade de gases de efeito estufa.
O biocarvão é um material obtido a partir da pirólise (carbonização ou decomposição térmica sem oxigênio de resíduos orgânicos, como restos vegetais ou esterco, em ambiente com pouco ou nenhum oxigênio). Seu principal uso está na melhoria da qualidade do solo, pois aumenta a retenção de água e nutrientes, além de favorecer a atividade microbiana. Assim o biocarvão pode contribuir para o reflorestamento como também para as atividades agroecológicas no Sertão. Outro aspecto relevante é seu potencial como sumidouro de carbono, já que o carbono presente na biomassa é fixado de forma estável no solo, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.
Uma experimentação realizada pela pesquisadora Susan Cañote, junto ao grupo de Biorrefinaria Experimental de Resíduos Sólidos Orgânicos (Berso) da Universidade Federal de Pernambuco, com a disponibilização dos equipamentos para os ensaios pelo Centro Cultural Brasil Alemanha, através do Projeto AGREGA, possibilitou a produção do biocarvão a partir do resíduo da casca de coco verde como matéria prima. Para a realização da pirólise foi utilizada o forno Kon-Tiki cedido pelo CCBA para as experimentações, bem como o triturador da casca de coco.
A produção do Biocarvão nestas condições, e com os recursos disponíveis, segue o seguinte método:
Passo-a-passo para produção do Biocarvão com o forno Kon-Tiki a partir da casca de coco verde
